Puxado por serviços, Acre tem quarto mês seguido de saldo positivo na geração de empregos
06/07/2025
(Foto: Reprodução) Segundo o Caged, foram mais de 1,3 mil vagas de saldo em maio. Economista ressalta que contratações temporárias e de prestadores de serviço do poder público alavancaram os números. Acre fechou o mês com mais de mil novos empregos com carteira assinada
Puxado pelo setor de serviços, o Acre teve o quarto mês consecutivo de resultado positivo na geração de empregos com carteira assinada, conforme levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo foi de 1.385 vagas no mês de maio.
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Foram 5. 783 admissões e 4.398 mil desligamentos no estado. O estoque mensal, ou seja, quantidade de pessoas empregadas com carteira assinada, aumentou para 113 mil, a maioria no setor de serviços.
Em relação ao mês de abril o resultado representa um aumento de 82%, já que, no mês anterior, haviam sido geradas 760 vagas.
Confira os saldos de maio por setor:
Serviços: 1.087 vagas
Indústria: 125 vagas
Comércio: 90 vagas
Construção: 77 vagas
Agropecuária: 8 vagas
Acre chegou ao quarto mês seguido com mais contratações que demissões, segundo o Caged
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Brasil
A economia brasileira gerou 148,99 mil empregos formais em maio deste ano, informou nesta segunda-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em maio:
➡️2,256 milhões de contratações;
➡️2,107 milhões de demissões.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve geração de 139,55 mil empregos formais, houve uma alta 6,7%, conforme dados oficiais.
Alta na contratação pelo serviço público
Entre os municípios acreanos, Sena Madureira teve o melhor saldo em maio, com 1.054 novos postos. O estoque do município chegou a 5,7 mil empregos formais. Na sequência das cidades com melhores desempenhos no estado aparecem Rio Branco (168), Brasiléia (43), Jordão (38) e Tarauacá (25).
Apesar da sequência de resultados positivos, o economista e professor Rubisclei Gomes ressalta que os números não representam, necessariamente, um aquecimento da economia local. Segundo ele, os indicadores demonstram que as contratações foram puxadas principalmente pelo poder público, por meio de vagas temporárias ou de prestação de serviço.
O especialista também ressalta que o crescimento pode não se manter ao longo dos próximos meses, mas a tendência é que os números continuem positivos.
"É muito relevante fazer um parentese. Só em maio, foram gerados aproximadamente mil empregos. Em que setor? No setor de serviço. Isso é explicado pelo setor público, contratando funcionário de forma provisória ou através de prestadores de serviços. Essa expansão de emprego consegue se manter até o final do ano? Dessa forma? Vigorosa? Não. Ela não vai conseguir. A tendência é que os números que vêm até o final do ano sejam tão bons quanto é no momento", ponderou.
VÍDEOS: g1